domingo, 18 de outubro de 2009

Nada é de graça, tudo tem custo

Uma antiga polêmica volta a ser discutida: a cobrança nos estacionamentos dos shoppings de Salvador. Todo espaço privado visa o lucro, mas os custos do consumo já são tão altos; estes estão inclusos as compras de mercadorias e os preços dos serviços que colaboram na manutenção dos empreendimentos. Mas, além disso, os empresários querem também cobrar vagas nos estacionamentos.
A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), órgão da prefeitura diz que não irá liberar alvará porque para isso existe uma lei municipal, que proíbe a cobrança. A de número de nº 6.994/2006. Mas, meus caros, no país da gente LEI é uma prática constante?! Bem, se começarmos essa discussão levaremos muito tempo aqui, então vamos voltar a falar sobre a privatização das vagas.

Alguns shoppings divulgaram que não solicitaram a licitação e que as vagas continuaram gratuitas, mas outros dizem que essa possibilidade existe sim. Uma parcela da população utiliza o shopping como uma das poucas opções de lazer, (principalmente por se tratar de Salvador-uma cidade em que o povo trabalha para pagarem impostos abusivos) tendo em vista a precária estrutura das praças ou espaços públicos. Agora se todos começarem a cobrar, o número de clientes irá diminuir e o público será seletivo e mais elitizado. Por outro lado, outros pontos como Avenida Sete, Liberdade ganharão destaques, por atender as camadas mais populares e com venda a preços baixos.

Em relação ao serviço de taxa ser ou não cobrado da população é importante destacarmos o direito do consumidor que diz a lei (Lei 8.078/90). O código de defesa do consumidor é vigorado desde 1988 e tem como objetivo fundamental garantir direito a vida, segurança e igualdade. Quando prédios comerciais, como os shoppings dizem cobrar vagas de estacionamentos, ele já os fazem, de forma indireta. Através dos serviços e produtos oferecidos aos consumidores já estão inclusos o que é dado “de graça”. No chamado mundo capitalista o que reina é a lei do consumo, os empresários querem é mais ganhar dinheiro, cabe a população agora discutir os direitos e não permitir que paguem mais e mais, impostos nessa cidade e que os responsáveis por fiscalizar não permitam que mais um custo pese no bolso do consumidor.

Não se pode tentar fazer um jogo de interesses entre serviços privados (shoppings) e serviço público (prefeitura). Dessa forma, a solução sobre esse assunto tem foco, no direito e bem-estar dos clientes. È incoerente os consumidores pagar duas vezes pelo custo dos serviços embutidos e produtos disponíveis a ele nas vitrines. Pensar que já pagamos tanto, por outras taxas que malmente sabemos ao certo para onde vai, tudo isso nos faz pensar também em uma questão futura: Daqui a pouco vamos ter que pagar até pelo oxigênio?!

Texto produzido para disciplina, Redação VI. Estilo: Comentário

Nenhum comentário:

Postar um comentário